O Projeto Genoma Humano é uma empreendimento internacional, iniciado formalmente em 1990 e projetado para durar 15 anos, com os seguintes objetivos:
- Identificar e fazer o mapeamento dos cerca de 80 mil genes que se calculava existir no DNA das células do corpo humano;
- Determinar as sequências dos 3 bilhões de bases químicas que compõem o DNA humano;
- Armazenar essa informação em bancos de dados, desenvolver ferramentas eficientes para analisar esses dados e torná-los acessíveis para novas pesquisas biológicas.
Como parte deste empreendimento paralelamente, então sendo desenvolvidos estudos com outros organismos selecionados, como por exemplo, o rato, o Saccharomyces cerevisae, a Drosophila melanogaste, entre outros, principalmente microorganismos, visando a desenvolver tecnologia e também como auxílio ao trabalho de interpretar a complexa função genética humano. Como existe uma ordem subjacente a toda a diversidade da vida e como todos os organismos se relacionam por meio de semelhanças em suas sequência de DNA, o conhecimento adquirido a partir de genomas não-humanos frequentemente leva a novas descobertas na biologia humana.
Um mapa genômico descreve a ordem dos genes ou de outros marcadores e o espaçamento entre eles, em cada cromossoma. Um nível maior de resolução é obtido associando-se os genes a cromossomas específicos.
O Projeto Genoma Humano tem como objetivo principal construir uma série de diagramas descritivos de cada cromossoma humano, com resoluções cada vez mais apuradas. Para isso, é necessário dividir os cromossomas em fragmentos menores, que possam ser propagados e caracterizados, e, depois, ordenar estes fragmentos de forma a corresponderem a suas respectivas posições nos cromossomas (mapeamento).
Depois de completo o mapeamento, o passo seguinte é determinar a sequência das bases de cada um dos fragmentos de DNA já ordenados. O objetivo é descobrir todos os genes na sequência do DNA e desenvolver meios de usar esta informação para estudo da biologia e da medicina.
Basicamente, 18 países iniciam programas de pesquisas sobre o genoma humano.Os maiores programas desenvolvem-se na Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia, Dinamarca, Estados Unidos, França, Holanda, Israel, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Suécia e União Europeia.
Além destes, muitas empresas privadas grandes e pequenas também conduzem pesquisas sobre o genoma humano.
Os trabalhos conduzidos pelos órgãos do governo têm obtido dados de alta qualidade e precisão, registrando os detalhes das células humanas - inclusive as porções do DNA que não contêm gene algum e que constituem 97% do seu total. A iniciativa privada, porém, juntou-se ao projeto em vista do potencial de lucro que as pesquisas podem trazer, especialmente para as indústrias farmacêuticas. A rapidez na obtenção de resultados, que podem ser transformados em patentes, tornou-se crucial para elas. Então, optaram por um método mais objetivo: dirigir a pesquisa para os genes específicos, buscando, por meio da comparação do DNA de diferentes indivíduos, aqueles genes " defeituosos", que causam as doenças. Supõe-se que as 20 doenças mais comuns, que matam cerca de 80% da população, estejam associadas com, aproximadamente, 200 genes, entre as dezenas de milhares de genes que compõem o corpo humano. Concentra-se apenas nestes, deixando de lado os demais, é uma abordagem mais rápida, evidentemente, embora menos precisa.
Recentemente, pesquisadores brasileiros identificaram 6 genes ligados ao câncer de próstata, a doença que mais mata homens acima de 40 anos. O mesmo aconteceu com a descoberta de genes responsáveis pelo câncer de colo de útero e de mama.
Pode-se antecipar alguns dos benefícios que o Projeto Genoma poderá trazer para a humanidade, sem esquecer que alguns poderão nos surpreender. As informações detalhadas sobre DNA e o mapeamento genético dos organismos devem revolucionar as explorações biológicas que serão feitas em seguida.
Na Medicina, por exemplo, o conhecimento sobre como os genes contribuem para o desenvolvimento de doenças que envolvem um fator genético - como o câncer, por exemplo - levará a uma mudança da prática médica. Espera-se uma ênfase maior na prevenção da doença, em vez do tratamento do doente.
Restará sempre saber se os conhecimentos científicos serão patenteados por grandes corporações ou se continuarão sendo patrimônio da humanidade e utilizados, principalmente, em benefício dos povos, que estão sempre excluídos dos benefícios da ciência e da tecnologia e que são obrigados sempre a pagar muito caro por eles.
Pode-se antecipar alguns dos benefícios que o Projeto Genoma poderá trazer para a humanidade, sem esquecer que alguns poderão nos surpreender. As informações detalhadas sobre DNA e o mapeamento genético dos organismos devem revolucionar as explorações biológicas que serão feitas em seguida.
Na Medicina, por exemplo, o conhecimento sobre como os genes contribuem para o desenvolvimento de doenças que envolvem um fator genético - como o câncer, por exemplo - levará a uma mudança da prática médica. Espera-se uma ênfase maior na prevenção da doença, em vez do tratamento do doente.
- Novas tecnologias clínicas deverão surgir, baseadas em diagnósticos de DNA;
- Novas terapias baseadas em novas classes de remédios;
- Novas técnicas imunoterápicas;
- Prevenção em maior grau de doenças pelo conhecimento das condições ambientais que podem desencadeá-las;
- Possível substituição de genes defeituosos por meio da terapia genética;
- Produção de drogas medicinais por organismos geneticamente alterados.
Restará sempre saber se os conhecimentos científicos serão patenteados por grandes corporações ou se continuarão sendo patrimônio da humanidade e utilizados, principalmente, em benefício dos povos, que estão sempre excluídos dos benefícios da ciência e da tecnologia e que são obrigados sempre a pagar muito caro por eles.
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