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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

As modernas armas de guerra

Antraz- O ciclo da Morte
Adaptado da fonte: Jornal zera Hora de 5/11/2001 - Porto Alegre

          Antraz é uma infecção causada pala bactéria Bacillus anthracis. Antraz normalmente aparece em animais como bovinos, camelos, ovelhas, antílopes e cabras e outros animais herbívoros, mas, também, pode aparecer em pessoas expostas e animais infectados ou aos seus produtos. a grafia correta é antraz, em português, e anthrax, em inglês. 

          Um assassino paciente

         O esporo espera no solo por décadas até ter o sono despertado.
         Um dia, uma vaca arranca uma planta pela raiz. Adormecidos durante anos, minúsculos esporos so antraz são devorados, aspirados para os pulmões ou cobrem a pele do animal como uma flor mortal. tem início uma precisa e terrível execução.
        Os órgãos e tecidos de pessoas e animais, como pulmões, instintos e pele, são incessantemente patrulhados por célula chamadas macrófagas, que engolem copos estranhos ao organismos e alertam o sistema imunológico para a presença de invasores. São essas sentinelas o alvo dos esporos do antraz.
        Eles se deixam ingerir pelas macrófogas. Mas, enquanto são levados ao nódulo linfático mais próximo para uma inspeção, o prisioneiro desperta do longo torpor e gemina em uma bactéria que começa a se dividir e a se duplicar. A bactéria libera venenos que enfaquecem as membranas esternas das células.
        Logo, um punhado das bactérias de antraz se projeta para fora da célula e invade a corrente sanguínea. Na corrente sanguínea, as bactérias são programadas para executar duas tarefas: primerio, matar o animal; e, então, consumilo por inteiro, até que nenhuma bactéria possa mais ser produzida.
        O método da execução é altamente eficiente. a função das macrófogas é inflamar os tecidos. Pouca inflamação ajuda o sistema  imunológico a responder ainfesçãos locais. Mas uma grande inflamação pode causar uma septicemia, na qual os vasos sanguíneos se enfraquecem, a pressão arterial sobe e os órgãos falham.
        A toxina produzida pelo antraz não é particularmente venenosa. Seu trabalho é forçar as macrófogas a uma liberação maciça de hormônios inflamatórios. Dessa forma, ela faz o sistema imunológico se voltar contra o próprio organismo de forma tão violenta que a morte ocorre em pouco tempo.
      Quando o animal ou a pessoa morrem, começa a "festa". as bactérias cresem explosivamente até consumir toda a "comida". Quando acabam, cada mililitro do sangue da vítima pode conter 100 mil micróbios. A carência de novos nutrientes é o sinal para que as bactérias voltem à condição de esporos.
       Os detalhes de como um único e minúsculo esporo do Bacilus anthracis pode derrubar um boi estão sendo estudados por muitos cientistas. Alguns estão interresados em descobrir como as bactéria trabalham, outros tem interesse veterinário ou militar. Muita atenção tem sido dada à própria toxina, por muito tempo alvo de vacinas contra o antraz.
      Para matar sua vítima, a bactéria do antraz primeiro se multiplica furiosamente. 
      Depois que o primeiro punhado de bactérias explode, a toxina se espalha pela corrente sanguínea.
       A toxina é um exemplo engenhoso e complexo de engenharia biológica. Consiste de dois agentes de destruição da célula. A proteína da adaptação, chamada de antígeno protetor - um nome enganador, dado antes que seu real papel fosse compreendido e também por ser a proteína atacada pela vacina contra o     antraz. Outros componentes são chamados fator edema e fator letal.
      Os antígenos protetores são prjetados para se acoplar a um receptor de    proteína capaz de se grudar à superfície dos macrófas. Na superfície da célula, as proteínas protetoras do antígeno procuram umas às outras e se unem em uma espécie de bolota 
com sete hastes e uma canaleta central.     

 
       No alto de cas aproteína há um receptor para o fator edema ou o fator letal. Esses fatores saem da ocorrente sanguínea e se acomodam nas bolotas com sete hastes que encontram. Armadas, as bolotas fazem, então, suas anfitriãs engoli-las. A membrana da célula forma um bolsão no qual a bolota primeiro mergulha - e, a seguir, é engolida. A máquina de ataque está, agora, dentro da célula, envolvida por uma bolha da pr´pria membrana da célula. As proteínas do fator edema ou do fator letal são, então, injetadas na célula. O fator edema é uma enzima que gera um sinal usado pelas células para sua comunicação interna. O fator emite tantos sinais que a célula enlouquece.
      A quantidade excessiva de sinais desativa as células fagocitárias, responsáveis por manter o organismo livre de vírus e bactérias, que, assim, deixam de proteger o organismo.
      Se o fator edema ajuda o antraz a iniciar a infecção, eliminando a promeira linha de defesa do organismo, o fator letal dá o tiro de misericórdia. Também uma enzima, o fator letal força as células macrófagas a produzir dois poderosos agentes usados para causar inflamações: uma que faz um "chamado às armas" para outras células imunológicas, e outra que provoca a febre.
        Embora os dois agentes sejam parte natural do sistema imunológico, seu excesso produz a morte rápida da vítima. Ratos injetados com fato letal morrem em menos de 40minutos com os pulmões cheios de líquido.
        Com a morte, o corpo se torna, sob o ponto da vista bacteriano, um saco cheio e inerte de nutrientes. As bactérias se multiplicam até que não haja mais nada a ser comido. Então, com a escassez repentina, voltam ao estágio de esporo e escorrem com os líquidos derramados pela carcaça em decomposição. Bilhões de esporos retornam ao solo, inde resistirão por um século ou mais, até a terra ser revirada, reiniciando o ciclo assassino.
        Uma das desvantagens do uso do antraz como arma biológica, como os atentados terrorista nos Estados Unidos, é a incapacidade do Bacillus anthracis de se trnsmitir de uma pessoa para a outra. Ironicamente, pode ter sido essa deficiênca que tornou a bactéria tão letal.
       Como não consegue se espalhar de um ser vivo para o outro, o Bacillus precisa voltar ao solo para sobreviver. Talvez, se não fosse tão virulento, o organismo do animal ou da pessoa poderia destruir a bactéria. Por isso, parte do seu ciclo de vida consiste em crescer em grande número no corpo de seu herdeiro e, então, matá-lo.
       O antraz é uma doença relativamente nova. O Bacillus anthracis susrgiu há cerca de 10 mil anos. Animais como vacas, cabras e bisões foram, por muito tempo, o alvo principal do antraz, mos quais provoca uma doença conhecida como carbúnculo. Mas, quando pessoas são contaminadas, o esporo ataca da mesma maneira.








 
   

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